Ontem no centro da cidade, um garoto que parecia ter no máximo 4 anos estava perdido de sua mãe, parado, desolado. Ele,aparentemente de origem muito humilde, segurava um boneco, vestia apenas uma bermuda e calçava um chinelo.
Desesperado, sua visão naquele momento era de 360º procurando no meio da loucura do centro encontrar sua mãe. Não derramou uma lágrima, mas também não soltava uma palavra, porque obviamente havia um nó em sua garganta. Eu estava pronto para tentar ajudar mas um casal determinado chegou primeiro e tentou de todas as formas acalmar o pobre menino. Tentaram conversar mas o pequenino pouco falava e da mesma forma que pensei, decidiram chamar uns policiais que estavam próximo ao local, afinal de contas, o que mais poderíamos fazer para ajudar ele ? Certamente as autoridades saberiam o que fazer.
Quando percebeu que o casal falava com os policiais, o desespero tomou conta de seu rosto e todas as lágrimas antes guardadas foram derramadas. Muito triste. O desespero do menino me fez pensar nas coisas que ele já deve ter visto nessa vida para ter tanto medo daqueles homens.
Naquele momento eu estava decidido a fazer alguma coisa. O que ? Eu não sei, mas alguma coisa eu tentaria fazer para ajudar o garoto, porém, felizmente de dentro da farmácia saiu uma mulher, com um lenço prendendo seu cabelo e com um neném no colo, direto em direção ao menino. Ela o agarrou pelo braço e sem falar absolutamente nada se mandou.
Final feliz, acredito.
